O jornalista Martin Seymour-Smith, em seu livro, Os 100 Livros Que Mais Influenciaram A Humanidade, publicado pela Difel, em 2002, destaca As Citações do Comandante Mao Tse-Tung como um dos livros básicos do planeta. A tradução esteve a cargo do também jornalista e escritor Fausto Wolff, já falecido. Ao todo 680 páginas.
Como o presidente Lula está lá na China em visita oficial, vamos falar um pouco do Camarada Mao.
“As Citações” eram popularmente conhecidas como está no título deste artigo e Martin afirma as gráficas chinesas imprimiram, nos anos 1960, mais de 5 bilhões (isso mesmo - bilhões) de exemplares, em diversas línguas, juntamente com o botton que muitos ostentavam à lapela.
“Como escritor, Mao não dava preferência aos jargões marxistas-leninistas, mas sim à clássica exposição chinesa. Como poeta, embora não maior, ele tinha talento e técnica. Não se deixou impressionar pelo estilo trator usado por um grande número de maus poetas comunistas chineses da sua geração. Sua poesia era melhor do que os versos panfletários do chileno Pablo Neruda, que foi um dos maiores poetas do século XX quando escrevia para si mesmo”.
Nascido em 1893 e falecido em 1976, Mao foi camponês, nasceu em meio rural, “sua mãe era uma gentil e devotada budista”. Depois, já na capital, trabalhou como assistente na biblioteca da Universidade de Pequim e aos 18 anos tornou-se professor de nível elementar. Fiel às suas origens “foi o primeiro líder comunista a reconhecer o potencial revolucionário dos camponeses”. Na época, só se falava na classe operária industrial.
Vitorioso em 1949, tornou-se o Grande Timoneiro dos Povos, e já em 1956 lançava o Movimento das Cem Flores, que conclamava os concidadãos a criticar livremente o partido. Mas o seu “reinado” durou pouco. Em 1965, portanto 16 anos depois, ele percebeu que estava perdendo o controle do partido para a linha dura, foi perdendo a maioria, mas do lado de fora das paredes palacianas o seu mito de grande líder continuava, dentro e fora do país.
Martin tenta ser o mais isento possível, imparcial, condena os grandes erros de Mao, e declara que na Revolução Cultural iniciada em 1966, ele já não tinha tanta força: “Até que ponto a mulher de Mao foi responsável por alguns dos excessos não está claro até hoje”.
domingo, 17 de maio de 2009
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