domingo, 17 de junho de 2012

Leituras Iluminadas


Livros Budistas Antigos

Estou naquela fase de saborear os livros budistas antigos. Textos do melhor quilate que irei, aos poucos, contando e comentando para vocês.

Por exemplo, outro dia encontrei em um sebo, no centro do Rio de Janeiro, “As palavras de Buddha”, tradução de Guilherme de Almeida, Livraria José Olympio Editora, 1950.

Nasci em 1952, logo esta preciosidade de livro é mais velho do que eu. Minha reverência ao consagrado autor brasileiro, que data o prefácio em 18/09/1947.

Guilherme de Figueiredo (1890-1969) foi jurista, jornalista e escritor. Um dos idealizadores da “Semana de Arte de 1922” e o primeiro modernista a ser aceito na Academia Brasileira de Letras, em 1930.

Vejamos um trecho do livro:

“Minha doutrina é semelhante ao oceano.

O Oceano e minha doutrina, ambos pouco a pouco se vão tornando cada vez mais profundos. Ambos em todas as suas mudanças conservam a unidade. Ambos devolvem cadáveres à praia.

Assim como rios, lançando-se no mar, perdem seu nome e, de então em diante, ficam fazendo parte do grande oceano, assim também os homens de toda casa, entrando para a comunidade, tornam-se todos irmãos e passam a ser contados como filhos de Buddha.

(...)

Minha doutrina é semelhante ao céu, porque há nela lugar, muito lugar para receber todos os homens, o nobre e o vulgar, o rico e o pobre, o poderoso e o humilde.”