Livros Budistas
Antigos
Estou naquela fase de
saborear os livros budistas antigos. Textos do melhor quilate que irei, aos
poucos, contando e comentando para vocês.
Por exemplo, outro dia
encontrei em um sebo, no centro do Rio de Janeiro, “As palavras de Buddha”,
tradução de Guilherme de Almeida, Livraria José Olympio Editora, 1950.
Nasci em 1952, logo
esta preciosidade de livro é mais velho do que eu. Minha reverência ao
consagrado autor brasileiro, que data o prefácio em 18/09/1947.
Guilherme de Figueiredo
(1890-1969) foi jurista, jornalista e escritor. Um dos idealizadores da “Semana
de Arte de 1922”
e o primeiro modernista a ser aceito na Academia Brasileira de Letras, em 1930.
Vejamos um trecho do
livro:
“Minha doutrina é
semelhante ao oceano.
O Oceano e minha
doutrina, ambos pouco a pouco se vão tornando cada vez mais profundos. Ambos em
todas as suas mudanças conservam a unidade. Ambos devolvem cadáveres à praia.
Assim como rios,
lançando-se no mar, perdem seu nome e, de então em diante, ficam fazendo parte
do grande oceano, assim também os homens de toda casa, entrando para a
comunidade, tornam-se todos irmãos e passam a ser contados como filhos de
Buddha.
(...)
Minha doutrina é
semelhante ao céu, porque há nela lugar, muito lugar para receber todos os
homens, o nobre e o vulgar, o rico e o pobre, o poderoso e o humilde.”
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