sexta-feira, 29 de julho de 2011

CCIR e Dom Orani

Fotos de Alessandro Buzas
Dom Orani vê as peças de Comunicação da Quarta Caminhada e elogia a identidade visual
Religiosos em reunião com o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta
 
Dom Orani e babalawo Ivanir dos Santos, interlocutor da CCIR, conversam sobre importância da Quarta Caminhada
 
 
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) foi recebida, na manhã desta sexta-feira, 29 de julho, pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, na Arquidiocese. Candomblecistas, umbandistas, católicos, judeus, muçulmanos, bahá’ís, seguidores do Santo Daime, ciganos, wiccanos, budistas, hare Krishnas e parceiros da CCIR - como o Tribunal de Justiça e a Polícia Civil - falaram com a autoridade católica, mais uma vez, sobre a importância da Quarta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que será realizada em 18 de setembro, na Praia de Copacabana. No encontro, o interlocutor do grupo, babalawo Ivanir dos Santos, mostrou as peças de Comunicação da marcha e citou a importância da realização de um a ato da Igreja Católica para a mobilização do segmento.
“É um grande prazer recebê-los de novo. Ser a favor da tolerância faz parte de um caminho. Rezamos de formas diferentes, e isso é uma beleza sem tamanho. O medo faz com que não conheçamos um ao outro se permitirmos.  A Comissão chama as pessoas para a caminhada usando a expressão ‘Caminhando a gente se entende’. Acho que, na verdade, sentando e conversando, a gente se entende e conhece. Isso é essencial para um mundo de todos”, disse o arcebispo, que parabenizou o trabalho do grupo ao ver a identidade visual da edição de 2011. “Ficou muito bonito”.
“Confiamos na sua ação pastoral e sabemos que é difícil receber religiosos paramentados aqui, mas, como nossa proposta, que é a da inclusão, é a mesma que a do senhor, pelo segundo ano, mostramos a confraternização dessa diferença para os que ainda não perceberam a necessidade de um mundo sem preconceitos”, disse o babalawo Ivanir dos Santos, que ratificou a importância da presença de Dom Orani na orla com os outros religiosos.
“Desde que fiquei velho, alguém marca compromissos em minha agenda e os cumpro. Mas farei o possível esforço para estar com vocês”, declarou em tom descontraído Dom Orani.
Entre as pautas da reunião, o arcebispo e o interlocutor da CCIR falaram sobre a necessidade de hospedagem para pessoas de outros estados nos dias que precedem o evento de Copacabana. O líder católico explicou que há possibilidades de acolher fiéis, mas que faria novo contato com a Comissão para confirmar disponibilidades. Para isso, será elaborada, a pedido de Dom Orani, uma logística.
Show inter-religioso
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro), a CCIR também prevê um show inter-religioso para o ano que vem. O arcebispo do Rio disse que a ideia é muito boa, e que o grupo poderá contar com seu apoio para as apresentações.
Ao fim, Dom Orani pediu que um dos religiosos presentes fizesse uma oração pelo encontro. Mãe Myriam D´Oyá, então, rezou um Pai Nosso e pediu ao Criador que todas as atividades da CCIR fossem abençoadas, agradecendo, também, pelo encontro na Arquidiocese.
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Ricardo Rubim
Coordenador de Comunicação
CEAP - Centro de Articulação de Populações Marginalizadas/Comissão de Combate à Intolerância Religiosa

 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Buda Oyashikiri

O grande pensador japonês Daisetz Teitaro Suzuki, em seu livro Mística Cristã e Budista, página 162, (editora Itatiaia, 1976) afirma que Oyá “é tanto maternidade quanto paternidade, não no sentido biológico, mas como símbolo de benevolência”, por isso Oyá Samá é Buda.

No Dicionário Budista, página 310, (editorial Kier, Buenos Aires, 1989) lemos que Shiki é o nome de um antigo Buddha, em japonês, bem antes de Sidarta Gautama.

Ainda no livro Mikkyo – Budismo Esotérico Japonês, página 656, ficamos sabendo que Shi em japonês é a famosa meditação plena atenção, Dhyana e Ki, página 650, é a energia vital, o prana. Então este famoso Buddha da Antiguidade, grandioso Shiki tinha esse nome porque ele utilizava a energia vital durante as práticas de meditação, ou seja, com plena atenção o Bem Aventurado Shiki manuseava o poder do prana para ajudar as pessoas e desenvolver diversos poderes paranormais. Por fim, a última sílaba Ri quer dizer Princípio, origem, página 655. (livro citado publicado em 2007, na Espanha).

Portanto, Oyashikiri, significa “o Buddha Shiki, que desde o princípio, através do prana, a energia vital da vida, nos ajuda na meditação de plena atenção com os seus poderes paranormais”.

Oyashikiri é um poderoso mantra, uma palavra sagrada, uma prece de palavra única, uma oração constituída das 5 sílabas que estudamos acima. Repita, recite com fé, em tudo o que você fizer e veja uma energia de alegria tomar conta e te envolver desde o princípio de todas as origens.

O símbolo deste Buda Oyashikiri é um sol com 21 raios, a saber: as 4 nobres verdades (1 – a existência da dor holística, 2 – a origem desta dor ou sofrimento, 3 – o término desta dor e 4 – o caminho que leva ao fim desta dor), o caminho óctuplo (1 – palavra correta, 2 – ação correta, 3 – meio de vida correto, 4 – esforço correto, 5 – plena atenção correta, 6 -  concentração correta, 7 – pensamento correto, 8 – compreensão correta) , as 6 perfeições (1 – caridade, generosidade, 2 – plena atenção, 3 – tolerância, 4 – perseverança, 5 – meditação, 6 – sabedoria) e as 3 gemas (o Buddha, o Darma e a Sangha).

Comecei com Suzuki, vou terminar com ele. No livro O Buda de La Luz Infinita, página 11, ele afirma: “O budismo fala de 84 mil caminhos distintos para a iluminação suprema”. (editorial Paidós, Barcelona, 2001).

Com certeza, Oyashikiri é um desses !