domingo, 9 de março de 2014

Pensar nos Espíritos de Luz



Devatanussato


O termo acima vem da língua páli e do sânscrito, literalmente significa “Pensar nos Espíritos”, semelhante ao Nembutsu, na língua japonesa: “Pensar no Buddha Amida”. É uma prática espiritual, um treinamento búdico.

Está na página 35, volume 10, da Revista de Estudios Budistas, publicada no México, pode ser lida na internet. Texto: “A Tolerância Budista”, autoria do professor doutor Saeng Chandra Ngarm, da Universidade de Chiang Mai, Tailândia, estudou em Michigan, Estados Unidos. A revista informa que Saeng nasceu em 1927, já deve ter falecido. É uma publicação da Associação Latinoamericana de Estúdios Budistas.

Foi em Chiang Mai, que o nosso bom amigo, o sociólogo mineiro Kaled Amer Assrauy, estudou Budismo, quando era monge em terras tailandesas, nos anos 1970. Kaled era formado pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais e membro da antiga Sociedade Budista do Brasil, em Santa Teresa, RJ.

Segundo o autor, pensar nas divindades (espíritos) é um dos 10 preceitos morais que devem ser observados pelos praticantes. Buda recomendou fazer oferendas aos deuses (espíritos). Ngarm cita Kobo-Daishi (774-835) fundador do Budismo Esotérico Shingon, brilhante homem de Letras, artista e calígrafo, inventou o silabário Hiragana, escrita japonesa, é admirado como um grande benfeitor da civilização nipônica. Kobo também era conhecido como Kukai, ele ensinou que os deuses (Kami) do Shintoísmo eram idênticos aos bodhisatvas budistas.

“O Budismo permite aos budistas honrar e fazer oferendas aos bons Espíritos dos fenômenos naturais. São as divindades das árvores (rukkhadevata), as divindades da terra (vatthudevata), as divindades ou ninfas dos bosques (vanadevata) e as divindades ou espíritos da água (samuddadevata). No Budismo Thai (Tailandês), a Magia e o Budismo Popular estão intimamente ligados”.

Podemos dizer um Budismo Anímico, animista.

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