quinta-feira, 28 de abril de 2011

Prece ao Senhor Buddha da Medicina

Senhor Buddha da Medicina, neste precioso instante, eu peço que o Senhor, que é todo bondade e é todo ternura, por favor, cure... (citar o nome da pessoa e da doença ou problema )... de modo que eu (ele-a) possa continuar são e saudável, praticando o Caminho.

Ó Senhor Buddha da Medicina, o Senhor sabe que a minha fé é cada vez maior e isto é fruto das bênçãos que o Senhor derrama sobre a minha vida e sobre a vida dos meus amigos e parentes.

Senhor Buddha da Medicina, bálsamo de cura e compaixão, eu sei que o teu infinito amor por todos os seres se manifesta aqui e agora em meu interior, em meu exterior, de modo que eu possa continuar trilhando saudavelmente a vereda dos santos e compassivos Budas. Que eu possa continuar estudando e praticando o Darma (ensinamento) que o Senhor deixou e para isso, Mestre Amado eu preciso de saúde (ou...), portanto, cure esta doença passageira, pois eu sei que tudo neste mundo é transitório.

Senhor Buddha da Medicina, o Senhor certa feita falou que o melhor remédio é a Doutrina, logo, me ajude com boas energias, de modo que eu possa me beneficiar deste poderoso remédio, deste poderoso medicamento que é a Doutrina Budista e possa praticá-la alegremente.

O Senhor também disse que, quanto maior o sofrimento do mundo, maior será a sua compaixão e assim eu quero, desde já, lhe agradecer por todas as curas que os outros seres vivos recebem, já receberam e receberão.

Muito obrigado Senhor Buddha da Medicina, pois eu tenho certeza de que a minha enfermidade já está passando. O teu sacrossanto lenitivo já está me abençoando e me livrando de todas as dores, todos os sofrimentos, todos os problemas.

Peço também, Senhor Buddha da Medicina, por todas as pessoas, cujas faces começam a desfilar em minha mente, estes irmãos e irmãs que estou agora mentalizando, visualizando, que eles sejam muito felizes, que eles possam também encontrar o Darma, que eles possam praticar atos de louvor à Sanga, mas, sobretudo, que eles tenham, como eu, e se possível até mais, as gloriosas bênçãos dos Budas celestiais.

Senhor Buddha da Medicina, emanação de cura do Buddha Gautama, felicidades a todos os seres. Muito obrigado por tua luz, muito obrigado pela tua proteção, muito obrigado por tua amizade.

Namo Buddha !

(Obs.: podem divulgar, mas por favor, citem a fonte, Budismo Social).


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Acala


            É um nome em sânscrito que significa  “O Inabalável”. Você pode e deve invocar este ser divino. Ele vai ajudar no pedido para que o solicitante se torne, realmente, inabalável naquilo que precisa. Acala faz parte do panteão do Budismo Indiano, no período áureo em que a fé budista dominou toda a Índia. Estava presente tanto no antigo Budismo Hinayana quanto no Mahayana.
            Acala é o Anjo protetor do Ensinamento Espiritual. Sua imagem era colocada na porta dos templos, mosteiros, locais onde se reuniam os budistas para afastar aqueles que eram hostis às práticas búdicas. Deste modo, sempre que você se reunir com praticantes para um culto espiritual, uma meditação, uma oração pode contar com a presença de Acala, ele cala os adversários, mas note que os nossos maiores adversários são os nosso próprios pensamentos, nossos medos, nossas emoções negativas. E assim, Acala acalenta a nossa alma que está precisando de cuidados. Você pode pedir também acalento para outra pessoa, Pode enviar acalanto à distância e ele ficará muito contente em ajudar os amigos do Darma, independentemente da religião que praticam, pois os anjos budistas são ecumênicos (minha experiência com os demais anjos de .outras religiões confirma que eles são ecléticos, têm amor incondicional e só querem ajudar).
            Ele é o Anjo da Guarda dos monastérios. Não apenas os seres humanos, mas as casas em que moramos,  os locais onde trabalhamos e os lugares onde cultuamos também têm os seus anjos da guarda. E nessa condição de segurança também usa armas espirituais: uma espada magnetizada que afasta os inimigos, o raio que clareia a escuridão, a negatividade, o medo, o problema; o machado que desobstrui os impedimentos do caminho e o laço para atar o praticante, de modo que este fique bem protegido. Acala aparece com três olhos, os dois que todos conhecemos e mais o olho da sabedoria, a terceira visão. Ele tem seis braços. Dois do presente, dois do passado e dois do futuro, ou seja, ele protege de carmas negativos contraídos no passado, ele acolhe agora no presente e cuida para que o seu futuro seja bem positivo.

            Acala mora em um plano espiritual que aparece para os videntes como uma cadeia de montanhas. Montanhas altíssimas onde residem Devas de grande quilate como ele.  Cada montanha tem um nome específico, designando o estado ou qualidade que ele ajuda a desenvolver, caso o solicitante peça através do pensamento, da oração, da meditação:
            A primeira  é a “Montanha da Beatitude”. Os praticantes do caminho espiritual precisam, ao longo de seu percurso aqui neste planeta, de “beatitude”. É preciso ver que estas qualidades, estes estados não são para nos tirar da realidade, ao contrário, são para nos dar possibilidades de enfrentar melhor o cotidiano.
            A segunda é a “Montanha da Pureza Imaculada”. Precisamos ter pensamentos puros, positivos, corretos. Estes pensamentos irão nos ajudar a desenvolver emoções positivas, imaculadas, quer dizer, isentas de negatividades. Observe também o simbolismo da montanha, que sempre sugeriu em qualquer religião aspirações elevadas.
            A terceira é a “Montanha da Iluminação Iluminadora”. Mediante práticas interiores vamos desenvolvendo não apenas a nossa iluminação, mas uma iluminação iluminadora. Quer dizer à medida em que vamos nos iluminando, vamos também colaborando, contribuindo com a iluminação dos demais à nossa volta.
            A quarta é a “Montanha da Iluminação Resplandecente”. Quanto mais meditamos, quanto mais oramos, quanto mais vivemos interligados com a espiritualidade superior, mais vamos tornando a nossa vida e as nossas atitudes resplandecentes, próprias dos mundos dévicos, sublimes.
            A quinta é a “Montanha da Invencibilidade”. Chega um momento em que estamos em determinado grau de compreensão que nos tornamos invencíveis. Os pensamentos negativos não mais nos derrubam. Os medos por mais que tentem não nos amedrontam. É o momento em que nos tornamos vencedores.
            A sexta é a “Montanha da Liberação Suprema”. Aos poucos você vai se libertar de todos os equívocos, todos os obstáculos, todos os impedimentos, todas as vicissutudes, todas as negatividades. Você pode e deve em suas visualizações, em suas orações falar com Acala para passear com ele nessa e nas outras montanhas. Ele é um ótimo guia turístico espiritual, dévico. São experiências magníficas de meditação.
            A sétima é a “Montanha que Leva Longe”. Como o nome bem diz, esta montanha está posicionada de tal forma neste plano espiritual que ela possibilita visões tão sublimes que nos levam a perceber o que está mais além. Não apenas no plano de nossa mente, mas visões, intuições, compreensões e percepções que nos levam a outros planos mais elevados ainda.
            A oitava é a “Montanha da Imobilidade”. É uma montanha tão alta e tão imensa que parece eterna, imóvel, mas não é, pois nem nos planos siderais há algo realmente perene. Tudo é mutável, impermanente. Ocorre que este é um simbolismo para identificar os praticantes que auxiliados por estes Espíritos de Luz  se tornam como que “imóveis” durante as meditações, durante as práticas espirituais. Nós nos mexemos muito, mas chega um instante derradeiro em que tudo parece imóvel. Parece durar uma eternidade, ainda que essa eternidade dure apenas um segundo. Compreender essa divina dimensão é estar coligado com Acala e os demais habitantes desse plano.

sábado, 2 de abril de 2011

Yama - o Espírito da Morte

Eu Sou Yama, o Espírito da Morte, não tenham medo. Vez por outra estarei neste blog. Minha abordagem é budista. Encaramos a morte de forma diferente. Morrer não é o fim, mas um recomeço. Se você quer ter uma passagem boa, bonita, procure seguir, com sinceridade, os ensinamentos das grandes religiões. Sim, eu disse que a morte pode ser bonita, sem dor, uma troca de roupa, ela é inevitável. Eu Sou Yama, um protetor do Darma, existem outros protetores, existem vários, existem tantos... Sejam felizes, pratiquem os ensinamentos do Senhor Buddha, vivenciem e terão desencarnes ótimos. Vamos terminar este primeiro contato com um lindo versículo do Mestre: “Eu Sou um brâmane, ó praticantes, a quem se pode pedir um favor, tenho sempre as mãos puras, trago meu último corpo, Eu Sou o incomparável médico e o cirurgião. Vós sois meus verdadeiros filhos, nascidos de minha boca, nascidos do Darma, formados pelo Darma, herdeiros do Darma, não herdeiros de bens materiais”. – Itivuttaka*, 101. Todos vocês, peçam então, ao Senhor Buddha um falecimento alegre, contente, uma libertação nirvânica. Observem a última frase: “não herdeiros de bens materiais”, isto quer dizer, enquanto estiverem encarnados usufruam do que a vida lhes proporciona, mas não se apeguem. Eu Sou Yama, aquele que vos ama eternamente. Impossível nos separarmos. As separações são temporárias. Repito, não tenham medo. Fiquem Felizes ! (*) confira: página 222, Buda, editora Martins, 1965.