Vimalakirti – o
Budismo do século 21
Penso que, neste
século 21, o Budismo continuará com as suas várias formas: monges, monjas,
sacerdotes, sacerdotisas, leigos e leigas; mas, a meu ver, aos poucos, a medida
que o Sutra Vimalakirti for ficando mais
conhecido, as pessoas irão percebendo que para caminhar no Dharma, pode-se
muito bem continuar integrado no dia-a-dia dos trabalhos, colégios e as casas
de cada um.
Vimalakirti era um
homem comum que atingiu o Estado de Iluminação e ensinava a todos: leigos, monges,
seres invisíveis, toda a natureza.
Para saber mais, não
deixe de ler e estudar “A Lamparina Inexaurível – O Sutra Oculto de
Vimalakirti”, de Ênio Burgos, que já nos deu outros ótimos livros. Ênio é
médico, físico, músico, praticante budista há mais de 20 anos, fundador da
Editora Bodigaya e Associação Meditar,
entre outras atividades e agora nos brinda com esta obra romanceada, 304
páginas, inspirada em fontes fidedignas.
Li, certa feita
(National Geographic Magazine), que nos Estados Unidos, algumas pessoas fazem
retiros budistas de rua, são leigos que experimentam por um fim de semana ou
feriadão viver como o Buda e seus discípulos viveram, na forma de andarilhos.
É o que o autor, Ênio
Burgos, chama de “Budismo sem Templos... budismo sem budismo, budismo sem
mestres, sem monges, sem leigos, sem designações, sem cores específicas, com
cada pessoa alcançando autonomia sobre a sua própria evolução”.
Há um ensinamento de
Sidarta onde ele declara que o Darma é como um barco para atravessarmos o rio.
Ora, o fato da embarcação ter-nos sido muito útil, ficamos agradecidos ao
barqueiro, ao próprio barco, aos operários quem construiram o barco e aos
antepassados de todos os envolvidos neste processo, mas não precisamos carregar
o barco às costas.
Dhamma sem Dhamma,
Darma sem Darma, Budismo sem apego ao nome Budismo = desafios, koans,
enigmas... Vimalakirti.
O Budismo será experienciado como Litertura, Filosofia, Vivência, sem rótulos, sem escolas, sem linhagens, contudo, respeitando-se, como sempre foi, os que pretendem continuar interligados aos seus veículos.
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