domingo, 5 de janeiro de 2014

O Sutra de Vimalakirti



Vimalakirti – o Budismo do século 21

Penso que, neste século 21, o Budismo continuará com as suas várias formas: monges, monjas, sacerdotes, sacerdotisas, leigos e leigas; mas, a meu ver, aos poucos, a medida que  o Sutra Vimalakirti for ficando mais conhecido, as pessoas irão percebendo que para caminhar no Dharma, pode-se muito bem continuar integrado no dia-a-dia dos trabalhos, colégios e as casas de cada um.

Vimalakirti era um homem comum que atingiu o Estado de Iluminação e ensinava a todos: leigos, monges, seres invisíveis, toda a natureza.

Para saber mais, não deixe de ler e estudar “A Lamparina Inexaurível – O Sutra Oculto de Vimalakirti”, de Ênio Burgos, que já nos deu outros ótimos livros. Ênio é médico, físico, músico, praticante budista há mais de 20 anos, fundador da Editora Bodigaya  e Associação Meditar, entre outras atividades e agora nos brinda com esta obra romanceada, 304 páginas, inspirada em fontes fidedignas.

Li, certa feita (National Geographic Magazine), que nos Estados Unidos, algumas pessoas fazem retiros budistas de rua, são leigos que experimentam por um fim de semana ou feriadão viver como o Buda e seus discípulos viveram, na forma de andarilhos.

É o que o autor, Ênio Burgos, chama de “Budismo sem Templos... budismo sem budismo, budismo sem mestres, sem monges, sem leigos, sem designações, sem cores específicas, com cada pessoa alcançando autonomia sobre a sua própria evolução”.

Há um ensinamento de Sidarta onde ele declara que o Darma é como um barco para atravessarmos o rio. Ora, o fato da embarcação ter-nos sido muito útil, ficamos agradecidos ao barqueiro, ao próprio barco, aos operários quem construiram o barco e aos antepassados de todos os envolvidos neste processo, mas não precisamos carregar o barco às costas.

Dhamma sem Dhamma, Darma sem Darma, Budismo sem apego ao nome Budismo = desafios, koans, enigmas... Vimalakirti.

O Budismo será experienciado como Litertura, Filosofia, Vivência, sem rótulos, sem escolas, sem linhagens, contudo, respeitando-se, como sempre foi, os que pretendem continuar interligados aos seus veículos.
 

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