sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Nestorianismo

Uns falam Nestor, outros Nestório. Este antigo monge do cristianismo primitivo (século IV) afirmava que Jesus tinha duas naturezas: humana e divina. Nasceu homem, ser humano e só depois o Espírito de Deus abençoou-o com sua presença, como se fosse uma experiência de iluminação búdica. Rosacruzes e cristãos gnósticos participam desta idéia do Nestorianismo.

O tema me faz lembrar do ótimo livro de Marcelle Lalou, Las Religiones Del Tibet, publicado em 1974, em Barcelona, por Barral editores, 128 páginas. Entre as religiões estudadas, além do Budismo e da religião autóctone Bon, temos o Nestorianismo, pois a curiosidade é que o cristianismo, através do Nestorianismo, chegou ao antigo reino do Tibet, bem antes do Budismo.

É por isso, entre outros fatos que, os estudiosos de Religião Comparada encontram tantos assuntos parecidos entre Cristianismo e Budismo Tibetano.

Diz o autor que o Nestorianismo foi uma seita cristã excluída do Império Romano, por volta de 431 e alcançou durante a Idade Média sua condição máxima de Igreja Caldéia e se expandiu muito. Chegou até a China, Mongólia, Manchúria, Índia, Java e Sumatra.

Manuscritos encontrados no antigo Tibet informam que os nestorianistas eram muito numerosos lá e há registros de cruzes marcadas nas imagens dos Budas. Parece que deve ter havido algum sincretismo cristão-nestoriano-budista-tibetano.

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